Cláudio acreditava em um tipo de nirvana que era possível atingir quando passava horas encarando o teto branco do seu quarto. Preparava-se com antecedência, coisa de horas. Tirava o telefone do gancho (não gostava de receber ligações e nunca precisava fazer
nenhuma), jogava as roupas amarrotadas de cima da cama no chão (o armário já estava há muito sem vagas), encontrava uma posição confortável no edredon macio de penas de ganso. O pensamento logo ficava branco como a tinta do teto. Enquanto Cláudio empalidecia, o sol se desmanchava, o rapaz sempre ficando mais branco. O nirvana só acabava de manhã.
nenhuma), jogava as roupas amarrotadas de cima da cama no chão (o armário já estava há muito sem vagas), encontrava uma posição confortável no edredon macio de penas de ganso. O pensamento logo ficava branco como a tinta do teto. Enquanto Cláudio empalidecia, o sol se desmanchava, o rapaz sempre ficando mais branco. O nirvana só acabava de manhã.
3 comentários:
Certo... e?
...e não deu pra continuar pois iria estourar o limite de 100 palavras.
Nossa... genial esse post, só agora percebi...
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